ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
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Advogados públicos federais pleiteiam melhores condições de trabalho

Publicado em 29 de Maio de 2012 ás 14h 00

 

    Nomeação de mais advogados federais, melhor infraestrutura, mais equipamentos de informática, veículos automotores oficiais para realizar os trabalhos e ambientes menos insalubres. Essas são algumas das reivindicações elencadas por dezenas de advogados públicos federais em manifestação realizada na manhã desta terça-feira (29 de maio), no prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em Cuiabá.

   

    Compareceram ao evento o presidente e o vice-presidente da OAB/MT, Cláudio Stábile Ribeiro e Maurício Aude, respectivamente, o presidente da ESA/MT, Ulisses Rabaneda, o conselheiro estadual pela entidade Osvaldo Antonio de Lima, dentre outros advogados que atuam como procuradores federais.              

    “A participação da OAB/MT neste ato nos honra porque somos testemunhas do bom trabalho que os advogados públicos desempenham e o que nos entristece é ver que não são reconhecidos. Por isso, manifestamos nosso integral apoio ao movimento e não mediremos esforços para levar essas reivindicações ao Conselho Federal para que nos ajude a conquistar essas melhorias para a advocacia pública federal, inclusive requerendo que esses pedidos sejam apresentados ao advogado-geral da União, em Brasília”, destacou Cláudio Stábile Ribeiro.           

  

  

    O presidente da Ordem acrescentou que a melhoria na carreira não ocorre como uma benesse, mas sim a partir de mobilizações como a de hoje e por meio de muita luta. “É preciso reivindicar, mostrar força porque a vitória virá. A partir de agora vamos à luta para conquistar esse objetivo, pois, apesar de todos os obstáculos, observamos o empenho dos advogados e isso precisa ser reconhecido pela administração pública. A advocacia pública bem amparada mostra que o interesse público está sendo defendido e faremos o necessário para alcançar mais essa vitória”.

 

    De acordo com o vice-presidente da OAB/MT, Maurício Aude, o dossiê contendo a descrição do atual cenário vivenciado pelos advogados na Procuradoria Federal em Mato Grosso servirá de subsídio para que a Seccional adote as devidas providências que o caso demanda. “Estamos à disposição para atuar nessa luta junto com os advogados públicos para que tenham seus trabalhos reconhecidos e, além disso, ofereçam condições dignas para que possam trabalhar. Uma das nossas bandeiras é fazer com que todos os advogados sejam valorizados e a OAB/MT sempre estará de portas abertas para reivindicar e lutar pelos interesses da advocacia”, frisou.

 

    A manifestação de repúdio e indignação com o estado de sucateamento em que se encontra a Advocacia-Geral da União realizada hoje demonstra que a situação está realmente crítica, pois, segundo os advogados, rumos da gestão administrativa alheios aos interesses da sociedade estariam sendo impostos à instituição por conta de uma possível transformação na Lei Orgânica da AGU.

 

    Atento ao fato, o presidente da ESA/MT, Ulisses Rabaneda, sugeriu que no momento da apresentação das reivindicações à OAB nacional, “é de extrema importância que o assunto passe pela Comissão de Assuntos Legislativos do Conselho Federal para analisar essa norma”. Ele aproveitou a oportunidade para também parabenizar os advogados públicos federais pela manifestação.

 

    Para o conselheiro estadual pela OAB/MT Osvaldo Antonio de Lima, a maioria das procuradorias ligadas à AGU não tem mínimas condições de trabalho, faltando-lhes praticamente tudo: sede, instalações adequadas, equipamentos, carreira de apoio, sistemas eficientes, recursos financeiros, dentre outros.

 

               

“A situação da procuradoria é precária e preocupante, havendo sérios riscos à integridade dos procuradores, servidores e usuários. Há risco de incêndio (já ocorreram alguns), curtos-circuitos são constantes, os elevadores não funcionam adequadamente, não há pessoal de apoio, precisamos nos deslocar até os fóruns com nossos próprios carros. É incompreensível que a situação permaneça, pois no caos, sempre há alguém que lucra com isso, mas a grande prejudicada acaba sendo a sociedade”, lamentou Osvaldo Lima.

 

 

Dossiê – O documento elaborado pelos procuradores federais e entregue à diretoria da OAB/MT mostra um cenário lamentável. Segundo informações contidas no dossiê, a atual sede da Procuradoria Federal em Mato Grosso, construído na década de 70, tem 18 andares e ainda não conta com estacionamento, as instalações sanitárias não são adequadas, o serviço de portaria não oferece segurança necessária para o acesso de terceiros às dependências da procuradoria (andares 8º, 9º e 10º), não há serviço de recepção, dentre outras irregularidades.

 

 

    O dossiê, de 38 páginas, relata históricos detalhados e com fotos de incêndio como o ocorrido em 2008, atingindo o 11º e 12º andares do prédio do INSS; alagamentos de cinco andares, duas ameaças de incêndio em apenas uma semana, inclusive com evacuação desordenada do prédio, no ano de 2009; estrondo em elevador, incidente e vazamento hidráulico, curto-circuito no 13º andar somente no mês de setembro de 2010, acarretando em reflexos nos anos seguintes até a presente data.

 

 

 

Fonte: Lídice Lannes/Luis Tonucci -Assessoria de Imprensa OAB/MT

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