Estado de violência

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sinop (MT) informa que recomeçam as cobranças aos gestores ligados a segurança pública e a mobilização social em favor do combate a violência.

Todas as atitudes tomadas até hoje foram motivações de curta durabilidade, diante de fatos isolados de violência. Cada um com sua devida importância.  Contudo,  essa forma, a de inconformismo temporal, não serve mais.

A morte de Paulo Yugi Terao, o desaparecimento de Antônio Maronezzi, a morte inexplicada de Kairon Thiago Matos Ferreira e a facilidade com que agiram os assassinos de Eric Francio Severo, se concretizam na mais absoluta desordem pública.

Somem-se a esses casos os de menor repercussão na mídia e na opinião pública, envolvendo pessoas de menos poder financeiro ou relevância social, mas igualmente vistas por nós.

Está fácil ser criminoso em nossa cidade porque onde o estado não se faz presente cria-se um estado de calamidade. São os desocupados, de vida fácil, impunidade e penas brandas que estão à vontade. E nós, atrás das grades, alarmes e do medo.  Que nos perdoem os conformistas, mas o preço do progresso não é esse. Está caro demais. Nós não o aceitamos.
A insegurança só cresce com a cidade se continuarmos permissivos, pouco operantes e mobilizados apenas em pequenos espaços de tempo.

A semana começa com essa manifestação pública, se estende pela convocação de reuniões, passará pela cobrança às autoridades constituídas  e vai mexer com todos os cidadãos para que também se posicionem, além das opiniões e bravatas.

Caminhadas, camisetas, passeatas, discursos...venceram. É a atitude a arma que devemos empunhar. O tempo de maturação do atual governo do estado chega há seis meses e a nossa insegurança é a mesma. Bem como a nossa paciência.

Nosso desabafo está alinhado com a fé em Deus e a esperada atitude de homens de bem que pretendem um mundo mais justo. 

Por Felipe Guerra – presidente da OAB Sinop