OAB Sinop visita Centro Socioeducativo em comemoração aos 32 anos do ECA

A Comissão de Família, Sucessão, Infância, Juventude, Idoso e Direito Sistêmico da 6ª Subseção, esteve no Centro de Atendimento Socioeducativo CASE - Polo Sinop, no último dia 15, a convite da instituição, devido a comemoração dos 32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Na ocasião, Dra. Melissa Sarzi Sartori, apresentou os trabalhos sociais promovidos pela OAB e ouviu as demandas do Centro.

Sartori, que é a presidente da Comissão de Família, explicou a participação em comemoração aos 32 do Eca. “Nessas oportunidades a OAB, através das comissões temáticas, tem a possibilidade de levar conhecimento e ouvir os anseios de determinados grupos. No caso específico do Centro Socioeducativo, foi tratado sobre o sistema de garantias previsto no Eca e, posteriormente, tivemos uma conversa com os adolescentes sobre anseios e expectativas pós internação”.

Enquanto a psicóloga da instituição, Deise Mattei, pontou o processo de internação dos jovens. “O trabalho é voltado para a construção de um novo projeto de vida do jovem, na internação pode ficar de 45 dias até 3 anos. A gente constrói também o plano individual de atendimento, o PIA, e nele são estabelecidas as metas, a partir da internação deles aqui, e assim é desenvolvido o primeiro trabalho, não só meu, mas com a equipe”.

Claudia Queiroz, uma das assistentes sociais do centro, disse que “é promovido para eles (jovens) atividades externas, no sentindo de valorizar e mostrar para os demais que é importante aderir ao processo de socioeducação”.  E destacou os desafios do processo. “A sociedade tem dificuldade de identificar nossas demandas, uma vez que estamos atrás de muros altos, embora estejamos localizados na região central da Cidade, mas essa é uma demanda de todos nós. Nosso grande desafio é que eles (socioeducandos) venham para cá, cumpram a medida socioeducativa, tenham uma mudança real e que não voltem a cometer ato infracional, mas para isso precisamos do apoio da sociedade, para que volte seu olhar para o socioeducativo também”.

O CASE possui capacidade para atender 20 adolescentes do sexo masculino, no dia da visita contava com 18 internos com idade entre 15 a 19 anos. Atualmente o centro tem o projeto Ponto de Esperança, buscando promover com o artesanato de crochê a ocupação e mudança dos jovens. De forma que possa promover a ressocialização, a instituição precisa de ajuda para disponibilizar cursos profissionalizantes aos socioeducandos. A demanda foi pautada na última reunião da Comissão de Família e deve ser discutida nos próximos dias.