Perri solicita perícia na Comarca de Sinop
Após arquivamento de processo contra juiz Paulo Martini, ocorrido na noite de ontem (18), o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, propôs ao Pleno que seja realizada uma perícia técnica no sistema de distribuição de ações na comarca de Sinop. Os desembargadores acataram a propositura e a solicitação deverá ser encaminhada para a Polícia Técnica do Estado ou para a Polícia Federal.
"Se não existir irregularidades, pelo menos, passamos isso tudo a limpo", destacou.
O fato foi levantado após dados apresentados pelo desembargador Luiz Carlos da Costa. De acordo com o magistrado, algumas varas em Sinop concentrariam um número maior de processos de alguns advogados e partes, fato que no entendimento dele seria motivo para abertura de investigação.
“Há falhas no sistema e isso deve ser averiguado”, disparou Luiz Carlos da Costa.
Segundo Perri, caso algum indício de irregularidade seja descoberto, a sindicância que foi arquivada contra o juiz Paulo Martini poderá ser reaberta. Além disso, “se existirem falhas em Sinop a investigação deverá se estender por todo o Estado”.
Além disso, o presidente destacou a necessidade de se dar uma resposta sobre as denúncias. "Precisamos dar uma resposta definitiva para a sociedade sobre esse caso", afirmou.
Equipe
Para acompanhar as investigações da polícia técnica será montada uma equipe de apoio. O Tribunal irá solicitar a OAB-MT que indique um advogado para acompanhar a perícia e, também, irá indicar servidores para que possam esclarecer os peritos sobre casos de processos conexos.
A iniciativa de se realizar a perícia foi recebida com satisfação pelo procurador Geral de Justiça adjunto, Marcelo Ferra de Carvalho, que estava na sessão de julgamento. “Recebemos denúncias em Sinop, mas não temos como provar se isso realmente acontece, a perícia poderá responder”, destacou.
Caso Martini
O juiz foi acusado por um agricultor do município de manipular o sistema de distribuição de processos para favorecer advogados e partes. As acusações contra o magistrado foram arquivadas, porque a Corregedoria Geral da Justiça, ao fazer inspeção na comarca, não identificou qualquer falha no sistema que possibilitasse que o fato tivesse ocorrido.
Fonte: LAICE SOUZA
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