Setembro Amarelo OAB Sinop: Psicóloga fala sobre prevenção ao suicídio, como identificar o problema e buscar ajuda

Setembro Amarelo é o mês dedicado a prevenção do suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio e o adoecimento mental. Segundo Global Health Estimates (2000-2019) ao redor do mundo a cada 45 segundos, uma pessoa tira a própria vida. Ao todo, isso equivale em média, a um total de 703 mil suicídios por ano, significando que para cada suicídio consumado, 25 pessoas chegaram a tentar e muitas mais apresentaram sérios problemas de ideação.

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, um total de 14.353 mil pessoal se suicidaram no Brasil, consistindo em um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Observa-se que teve uma redução a nível global (Suicide Worldwide in 2019) acredita-se que esse impacto deve- se as ações que muitos países tomaram para políticas de prevenção.

Entretanto, mesmo diante dessa redução, o suicídio ainda continua sendo um problema de saúde pública, acredita-se que esse aumento referente ao Brasil ainda se dê pela falta de campanha de educação afetiva para a população.

Aproximadamente 90% dos caso de suicídio ou ideação suicida tem um diagnóstico de base, como depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia e/ou uso de substâncias químicas.

Como perceber que uma pessoa pode ter ideação suicida?

Primeiramente, não existe um padrão e algumas vezes não percebemos o adoecimento, pois, infelizmente o adoecimento mental não deixa marcas evidentes. Mas, existe alguns sinais que podemos nos atentar, como: mudança no padrão de comportamento; isolamento social; alteração nos hábitos alimentares; irritabilidade; humor deprimido; labilidade emocional e dentre outras mudanças. Importante é nunca subestimar os sinais para que sejam tratados.

Como lidar?

Devemos acolher, ter uma escuta afetiva e efetiva, valorizar à saúde mental. Se a pessoa chegou a esse ponto é porque está em desespero, em sofrimento, não é falta de coragem e tão pouco covardia.

É possível receber ajuda e conseguir meios para lidar com o problema, buscar e aceitar o tratamento é importante para conseguir sair da condição de sofrimento.

Fonte: Psicóloga Ana Paula Luiz Jorge